Nesta primeira postagem do ano, trago a vocês uma ideia bem interessante a respeito de gastronomia e consumo consciente, que tem tuo a ver com minha maneira de pensar e aproveitar a culinária e os ingredientes maravilhosos que a Natureza tem a nos oferecer.
Confesso sem constrangimentos que eu nunca ouvi falar em "slow food", embora eu sempre brincasse a respeito disso, dizendo que era minha maneira de cozinhar (sem pressa alguma, curtindo o ato em si) e de me alimentar (muito lentamente, apreciando a comida, e por isso sempre a última pessoa do grupo de amigos a terminar a refeição). Então, o antônimo de "fast food" era "slow food", eu prefiro assim e pronto! =] Eis que passeando pelo Facebook encontrei uma postagem que me chamou atenção por conter exatamente este termo: "slow food"... Descobri duas coisas: (1) a expressão define um conceito elaborado na década de 80 por um italiano chamado Carlo Petrini [Viram, a expressão não foi 'inventada' por mim, como minha santa ignorância fazia pensar =}] e (2) define um modo interessante de encarar a gastronomia, enquadrando os prazeres da culinária ao contexto social, cultural e ambiental [Essas coisas que instintivamente e intuitivamente valorizo...].
Lendo a respeito sobre este conceito, me identifiquei em vários aspectos. Segue abaixo o conteúdo publicado no site do Movimento Slow Food no Brasil:
"Comer é fundamental para viver. A forma como nos alimentamos tem profunda influência no que nos rodeia - na paisagem, na biodiversidade da terra e nas suas tradições. Para um verdadeiro gastrônomo é impossível ignorar as fortes relações entre prato e planeta. Além disso, melhorar a qualidade da nossa alimentação e arranjar tempo para a saborear, é uma forma simples de tornar o nosso cotidiano mais prazeroso. Esta é a filosofia do Slow Food.Fundado por Carlo Petrini em 1986, o Slow Food se tornou uma associação internacional sem fins lucrativos em 1989. Atualmente conta com mais de 100.000 membros e tem escritórios na Itália, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido, e apoiadores em 150 países.O princípio básico do movimento é o direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade especial, produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção, os produtores.O Slow Food opõe-se à tendência de padronização do alimento no Mundo, e defende a necessidade de que os consumidores estejam bem informados, se tornando co-produtores."É inútil forçar os ritmos da vida. A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo às coisas." (Carlo Petrini, fundador do Slow Food)A sede internacional do Slow Food é em Bra, na Itália. O Slow Food opera tanto localmente como mundialmente junto de instituições internacionais como a FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação. Estabelece laços de amizade com governos em todo o mundo, prestando consultoria para o Ministério da Agricultura italiano, trabalhando com o presidente da câmara de Nova Iorque e colaborando com o governo Brasileiro.Através dos seus conhecimentos gastronômicos relacionados com a política, a agricultura e o ambiente, o Slow Food tornou-se uma voz ativa na agricultura e na ecologia. O Slow Food conjuga o prazer e a alimentação com consciência e responsabilidade. As atividades da associação visam defender a biodiversidade na cadeia de distribuição alimentar, difundir a educação do gosto, e aproximar os produtores de consumidores de alimentos especiais através de eventos e iniciativas."
Então, para refletirmos: Como podemos pensar a culinária e a gastronomia com uma visão mais 'holística' (seguindo o estilo 'slow food') em nosso dia-a-dia?
O texto é pertinente para o início de ano. Esse é o período em que resolvemos retomar os velhos desejos: emagrecer, cuidar da alimentação, praticar exercício físico... enfim precisamos trocar figurinhas.
ResponderExcluirBeijos,
Cirlene
É verdade, Cirlene! Trocaremos muitas figurinhas em 2013 então! =} Bjs.
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