quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Feliz Samhain!

Só hoje estou postando este texto, que preparei em 31/10...

"Hoje estou inspiradíssima para a culinária. Motivada pelo Samhain (popularmente conhecido como "Dia das Bruxas") reativei a cozinha para preparar um jantar especial para mim (sim, eu mereço!). O menu é baseado em todas as coisas maravilhosas que a Mãe Terra dá para nós: Salada de trigo integral + Mix de cereais integrais + Creme de abóbora.

Para o trigo integral: deixei de molho de véspera e hoje coloquei para cozinhar na panela de pressão. Mas primeiro refoguei no azeite um dedinho de gengibre ralado, para dar um sabor especial no cozimento do trigo e um pouco de sal.

O Mix de cereiais integrais usei os "7 cereais integrais" da Ráris, que é uma delícia. Fritei bastante alho, meia cebola em quatro colheres de sopa de margarina para uso culinário. Refoguei os cereais já lavados e escorridos, uma pitada de sal a gosto e... cozinhando e cantando! Depois que evaporou um pouco da água, comecei a libertar meu lado "feiticeira culinária" e fui ao encontro dss minhas queridas ervas aromáticas e especiarias. Coloquei no meu caldeirão: alecrim, orégano, pimenta do reino, louro em pó, canela, curry e meu tempero baiano (que tem um pouco de pimenta calabresa). O cheiro está maravilhoso!!! E depois, um cadinho de gengibre ralado para completar a poção mágica de sabores.

Para o creme de abóbora, farei a receita básica de costume, incrementada com temperinhos. Enquanto espero sair a pressão da panela (que está com o trigo integral), registro aqui a dica e já adianto o que farei. Anota aí: 

Cozinhar na pressão a abóbora em pedaços pequenos. O segredo é não colocar muita água; só o suficiente para cobrir os pedaços. Sal a gosto. Escorrer e reservar a água usada no cozimento. Deixar esfriar e amassar a abóbora com um garfo. Misturar um pouco da água usada no cozimento e bater no liquidificador. Perceba que o objetivo de usar um pouquinho da água do cozimento é permitir que o alimento seja processado pelo liquidificador (senão queima o motor!). Assim que estiver bem batido, reserve e volte para o fogão. Aí é só refogar os temperos que você mais gosta. 
Eu apostarei hoje no alho, na cebola, no gengibre, um pouquinho de pimenta do reino, páprica picante e... GENGIBRE! Hoje ele é a minha estrela na cozinha. Depois de bem refogado, acrescente o creme de abóbora, acrescente um pouco mais da água do cozimento, deixe apura, acerte o sal e acrescente uma caixinha de creme de leite. Pronto! Uma porção de salsa e cebolinha e estará prontíssimo para servir. 

E para acompanhar essa deliciosa refeição, suco de maçã. Feito na hora. Delícia!"

domingo, 27 de outubro de 2013

Referências biblio-culinárias

Periodicamente eu dou aquela arrumada na casa, com capricho e olhar crítico, e vou me "desapegando" de uma série de coisas que considero não serem mais de utilidade para mim. Esse é um processo que é muito salutar para mim, pois sempre tive o péssimo hábito de relutar em me livrar de coisas (sobretudo as feitas de papel, em especial os LIVROS, que são minha paixão).

Mas depois que recebi uma mensagem chamada "O princípio do vácuo", com a qual me identifiquei absurdamente, tomei vergonha na cara e passei a fazer essa peneirada periódica nos meus objetos pessoais. Livros, papéis, bibelôs, roupas. Tudo! Dou a elas a oportunidade de servirem melhor a aoutra pessoa, já que neste momento já cumpriram seu papel em minha vida.

Pois que esta semana me peguei refletindo sobre minha condição ao fazer a arrumação da estante de livros. Em meio a divagações filosóficas, fiquei me perguntando desde quando me tornei assim... Em meio aos tantos livros que ainda não li - ou aqueles que parei na metade pois não tive coragem ou vontade de prosseguir na leitura, coisas por fazer, palavras por dizer, sei que muito o que aprender e crescer. Muito o que conquistar. O que sonhar. O que lutar. Sei que esta luta é árdua, diária e eterna. E que merece mais emprenho de minha parte.

Um exemplo é minha dedicação às artes culinárias... Desde que criei este blog percebo que não a tenho levado a sério como eu me propus (é só mais um exemplo dentre tantas outras coisas). Afinal, é algo que me dá tanto prazer e que me faz tão bem para o corpo e para a alma que não consigo uma explicação para o fato de eu não me empenhar mais em explorar os livros de culinária e a criatividade que tenho à minha disposição. Daí percebi que eu não me levo mais tão a sério como mereço. Já passou da hora de fazer uma faxina nisso também!

Bem, aqui compartilho com vocês não só meus questionamentos psico-comportamentais, mas também essas ótimas referências bibliográficas para quem gosta de cozinhar. Aí vai:

Esse aqui ganhei no ameu aniversário passado. Presente do meu querido amigo +Marcos Catanho.

Esse aqui comprei numa ótima promoção na Saraiva há tempos...


Esse aqui foi encomendado direto do site da BBT, que tem ótimas publicações.

Assim como esse...

E por fim esta revista aqui, publicação da +Editora Europa, que ganhei da minha amigona do coração, Raquel Braga.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

1, 2...Feijão com arroz

Engraçado como são as coisas no vai-e-vem que chamamos vida...

Em alguns momentos me pego sonhando com o pote de ouro lá do outro lado do arco-íris (por exemplo, quando me dá aquele desejo de comer justamente AQUELA sobremesa para a qual eu não tenho na dispensa nenhum dos ingredientes necessários. Ou quando me pego sonhando em ganhar na Mega-Sena acumulada e eu sequer fiz a aposta para AQUELE concurso). Em resumo, para que simplificar se dá para complicar, não é mesmo? Já em outras ocasiões, encontro prazer nas pequenas trivialidades da vida cotidiana. Ontem mesmo foi um desses deliciosos momentos de simples felicidade.

Mesmo não fazendo parte do meu cardápio diário, EU AMO FEIJÃO. De todos os tipos e cores. Preparado do modo "tradicional" ou servido em saladas frias. Raramente cozinho feijão à moda "tradicional" aqui em casa, pois com o calor que faz no Rio de Janeiro não é sempre que estou afim de um prato fumegante à minha frente. E eu prefiro o feijão fresquinho, cheiroso, com o caldo bem encorpado... Ou seja, aquele que vai bem com tudo, mesmo que seja só com farinha e molho de pimenta Tabasco. Confesso minhas desconhecidas raízes nordestinas: eu adoro comer feijão com farinha e molho de pimenta... Sem mais acompanhamentos. Ele assim é meu prato principal.

Como acabo tendo que congelar a maior parte do que é preparado, o prato acaba perdendo muito do seu encanto original (que para mim é aquele cheiro temperado, que invade a casa e deixa no ar uma lembrança boa de colo de mãe...).  Tudo bem que hoje em dia existem soluções industrializadas para "rejuvenescer" o feijão e deixá-lo com cara de quem acabou de sair da panela de pressão. Eu cheguei a me render a essa facilidade da vida moderna. Mas depois que eu me dei conta que cada sachê minúsculo daqueles contém QUASE 40% DA PORÇÃO DIÁRIA DE SÓDIO, para o bem da minha saúde, eu aboli este item da lista de compras sem prensar duas vezes. Nem sei como eu não havia me atentado para essa informação antes, já que tenho mania de ler rótulos (bulas, encartes, manuais, etc...) de tudo. Mas esse dados me passou despercebido. Apesar disso, no fim das contas, minha pressão arterial agradece.

Voltemos ao feijão. Mas antes, parênteses científicos: o intestino humano produz em média 3 litros de gases por dia e esse volume pode ser aumentado absurdamente por conta dos hábitos alimentares. A presença de polissacarídeos que não são digeridos na boca, estômago e intestino delgado - como é o caso dos fitatos nas sementes de leguminosas, faz com que esses açúcares sejam fermentados no intestino grosso pela flora bacteriana lá presente. Está aí o motivo pelo qual eu sempre deixo o feijão de molho de um dia para o outro: para evitar o borborigmo e os demais efeitos colaterais constrangedores causados pelos gases gerados pela ingestão de feijão.

Infelizmente não tinha em casa o gengibre fresco, que além de ser um tempero dos meus preferidos, também é ótimo para evitar esses efeitos adversos das leguminosas [esse segredinho eu aprendi com a Sangita, que cozinha maravilhosamente e é quem prepara a prasada lá do +RadheShyamRefeitorio Vegan-lactovegetariano]. Outro excelente aliado é a folha de louro, que não pode faltar num bom feijão. Esse ingrediente, que sempre tenho em casa, deve ser guardado em pote bem fechado, para conservar o aroma e suas propriedades.

Depois de deixar de molho de véspera, temperar generosamente com alho, cebola, pimenta do reino, louro em folha, e um pouco de páprica picante, deixei na pressão por uns 40 minutos. Enquanto isso, me deliciava com o aroma de tempero exalado pela panela. Para acompanhar o feijão, fiz um arroz. simples [mas não menos importante]. Afinal de contas, aquele feijão cheiroso merecia um acompanhamento à altura. E não há nada que combine melhor do que feijão com arroz. Nunca entendi porque alguns associam um ar pejorativo à expressão (sinônimo de "ralé", "insatisfatório'') Para mim, seja "arroz com feijão" ou "feijão com arroz", essa dupla é sublime! Pensei em fritar uns ovos, mas desisti. Arroz soltinho com feijão macio de caldo cremoso estava perfeito para mim. Não precisava de mais nada para me fartar.

Agora você deve estar se perguntando porque eu estou dando mil voltas num texto sobre culinária, depois de falar sobre minhas raízes nordestinas ocultas, colo de mãe, temperatura na capital fluminense, recomendações nutricionais diárias e fisiologia humana... Então, voltemos a falar das pequenas e deliciosas simplicidades da vida, o que me levou a sentir vontade de escrever esta postagem e compartilhar meu sentimento com vocês...

Comer um prato bem servido de arroz com feijão ontem à noite, com direito a repeteco, me deu uma sensação maravilhosa de satisfação... Bem-estar total. Sensação que nós costumamos sentir quando passamos por uma experiência agradável, damos boas gargalhadas ou simplesmente sentimos o cheio da chuva. Essa sensação causada pelas "pequenas boas coisas da vida": aquelas que não nos custam nada, não dependem de ninguém e estão acessíveis a todos nós, simples mortais. Enfim, esse prato de feijão com arroz me fez (re)lembrar de algo que eu nunca deveria ter esquecido: "tudo que preciso para atingi a PLENITUDE está dentro de mim."

sábado, 31 de agosto de 2013

Começar de novo, vai valer a pena

Aproveitando o ensejo de palavras que brotam, está mais do que na hora de retomar as postagens aqui no Nirvana na Cozinha. Já que as panelas tem me visto com mais frequência, e sobretudo com mais ânimo, a hora é essa! =]

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Você gosta de muçarela? Ou prefere mussarela?


Hoje eu e meu pai fomos às compras no supermercado. Nos deparamos com um anúncio que nos chamou a atenção: “Queijo muçarela”. Prontamente sacamos nossos celulares para registrar o que para nós seria mais um típico episódio da série “Pracas do Brasil”. 



Mas que nada, minha gente! Descobri que vínhamos (eu e meu pai) contrariando a norma culta da língua portuguesa. Desde sempre... Na maior inocência. Ou melhor, crente que estávamos abafando!

A palavra original é MUZZARELA, do italiano. Na língua portuguesa, ZZ é convertido em Ç. Então, o correto é MUÇARELA mesmo! O uso de "duplo s” ficou mais ao gosto do brasileiro, mas ainda sim não é o que recomenda a norma culta da nossa ortografia. Olhem que essa, na verdade, seria uma boa temática para conhecermos melhor os vocábulos que recheiam a culinária brasileira! Afinal de contas, tem muito ingrediente 'importado' na cozinha brasileira, né! Que tal,  +Deonísio da Silva? Isso lhe apetece? =]

Obviamente minhas receitas não mudarão em nada a partir de hoje, quando ao fazer a listinha de compras substituirei o SS por Ç no nome deste delicioso  ingrediente à disposição na seÇão de laticínios.  Mas eu não poderia deixar de assumir [publicamente, diga-se de passagem] minha ignorância (ou amnésia, não sei...). Então compartilho aqui essa ’descoberta’- mais ortográfica do que gastronômica - mas não menos relevante e descasco a lição 'psico-filosófico' da coisa: Além de concordar que já não sou tão boa no português quanto nos tempos de escola, ficou também em mim

(1) quando achamos que estamos certíssimos podemos, na verdade, estar cometendo um baita erro! 
(2) sempre podemos aprender algo (seja língua portuguesa ou culinária), não importando o lugar. Basta estarmos abertos ao conhecimento e ele se apresentará a nós. Até mesmo quando estamos cozinhando. Ou  fazendo compras no supermercado! =] 


Um parêntese: muita gente (eu também, embora prefira o bom e velho dicionário) recorre ao Google quando tem dúvida sobre a grafia de alguma palavra, para ver o que ele “sugere”. Mas nem sempre o que ele sugere é o que está de acordo com nossas regras ortográficas... 



No caso acima, o termo MUSSARELA é usado com muito mais frequência que a forma considerada correta, MUÇARELA. Para ver que o oráculo Google reflete o que está em uso em nosso dia-a-dia, mas não necessariamente quer dizer que seja o “academicamente” correto.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Próxima parada: queijo Minas

Na RJ-116 há uma lanchonete, dessas típicas de beira de estrada - só que bem 'limpinha', onde paramos quase sempre para tomar um suco ou fazer um lanche quando fazemos o trajeto Rio - Friburgo (ou vice-versa). Aliás, há um pão de queijo maravilhoso, que vale por uma refeição de tão grande, e é recheado por um pedaço de queijo Minas "da casa". Deliciosamente divino! A lanchonete está localizada nas terras de uma fazenda e por isso é possível fazer uma agradável parada e ficar confortavelmente sentado enquanto contempla o gado leiteiro à sombra de uma frondosa árvore no pasto. Ou ainda enquanto observa os pardais fazendo a "limpeza" do salão ao catar as migalhas que eventualmente caem durante a refeição dos viajantes mais afoitos. Lá também é possível comprar ovos caipiras (de todas as cores) e queijos provenientes da própria fazenda. Por isso, achei muito interessante o artigo "AS leis do queijo", escrito por Rafael Grassi P. Ferreira e publicado recentemente na página da Slow Food Brasil, na coluna "Com a mão no queijo". Fala sobre as normas federais aplicáveis à produção do queijo Minas. Para aqueles que - assim como eu - apreciam queijos de todos os tipos, incluindo o nosso genuinamente brasileiro, típico das terras de Minas, é interessante saber. Mesmo que ninguém se lembre de artigos, parágrafos e incisos na hora daquele lanchinho providencial de beira de estrada. Para ler o texto na íntegra, acesse aqui.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Slow down? Sloow food!

          Nesta primeira postagem do ano, trago a vocês uma ideia bem interessante a respeito de gastronomia e consumo consciente, que tem tuo a ver com minha maneira de pensar e aproveitar a culinária e os ingredientes maravilhosos que a Natureza tem a nos oferecer.
Confesso sem constrangimentos que eu nunca ouvi falar em "slow food", embora eu sempre brincasse a respeito disso, dizendo que era minha maneira de cozinhar (sem pressa alguma, curtindo o ato em si) e de me alimentar (muito lentamente, apreciando a comida, e por isso sempre a última pessoa do grupo de amigos a terminar a refeição). Então, o antônimo de "fast food" era "slow food", eu prefiro assim e pronto! =] Eis que passeando pelo Facebook encontrei uma postagem que me chamou atenção por conter exatamente este termo: "slow food"... Descobri duas coisas: (1) a expressão define um conceito elaborado na década de 80 por um italiano chamado Carlo Petrini [Viram, a expressão não foi 'inventada' por mim, como minha santa ignorância fazia pensar =}] e (2) define um modo interessante de encarar a gastronomia, enquadrando os prazeres da culinária ao contexto social, cultural e ambiental [Essas coisas que instintivamente e intuitivamente valorizo...].

          Lendo a respeito sobre este conceito, me identifiquei em vários aspectos. Segue abaixo o conteúdo publicado no site do Movimento Slow Food no Brasil:

"Comer é fundamental para viver. A forma como nos alimentamos tem profunda influência no que nos rodeia - na paisagem, na biodiversidade da terra e nas suas tradições. Para um verdadeiro gastrônomo é impossível ignorar as fortes relações entre prato e planeta. Além disso, melhorar a qualidade da nossa alimentação e arranjar tempo para a saborear, é uma forma simples de tornar o nosso cotidiano mais prazeroso. Esta é a filosofia do Slow Food.

Fundado por Carlo Petrini em 1986, o Slow Food se tornou uma associação internacional sem fins lucrativos em 1989. Atualmente conta com mais de 100.000 membros e tem escritórios na Itália, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido, e apoiadores em 150 países.

O princípio básico do movimento é o direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade especial, produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção, os produtores.

O Slow Food opõe-se à tendência de padronização do alimento no Mundo, e defende a necessidade de que os consumidores estejam bem informados, se tornando co-produtores.
"É inútil forçar os ritmos da vida. A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo às coisas." (Carlo Petrini, fundador do Slow Food)
A sede internacional do Slow Food é em Bra, na Itália. O Slow Food opera tanto localmente como mundialmente junto de instituições internacionais como a FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação. Estabelece laços de amizade com governos em todo o mundo, prestando consultoria para o Ministério da Agricultura italiano, trabalhando com o presidente da câmara de Nova Iorque e colaborando com o governo Brasileiro.

Através dos seus conhecimentos gastronômicos relacionados com a política, a agricultura e o ambiente, o Slow Food tornou-se uma voz ativa na agricultura e na ecologia. O Slow Food conjuga o prazer e a alimentação com consciência e responsabilidade. As atividades da associação visam defender a biodiversidade na cadeia de distribuição alimentar, difundir a educação do gosto, e aproximar os produtores de consumidores de alimentos especiais através de eventos e iniciativas."

         Então, para refletirmos: Como podemos pensar a culinária e a gastronomia com uma visão mais 'holística' (seguindo o estilo 'slow food') em nosso dia-a-dia?